Ao falarmos do Livro de Jó, o cristão vai se lembrar da síntese do homem que era correto, perde tudo, quase a vida, mas não abandona sua fé em nosso Senhor.
A dissertação do livro vai por essa toada, mas vamos dar mais detalhes de como isso aconteceu e fazer algumas reflexões para o cotidiano atual.
Então Jó, como adiantamos era um cara muito correto, justo, inocente e adorava Deus.
Certa vez, Satanás, numa conversa com o Senhor, questionou tal adoração de Jó, dizendo coisas como: “Jó só é fiel a ti pois tem tudo, é protegido e é próspero! Deixe-o sofrer e veja se ele continuará justo.”
Deus então aceitou o desafio e permitiu que o diabo lhe tirasse as coisas, exceto sua vida.
Jó começa perdendo seus bens, perde seus bois, ovelhas, morrem seus pastores, amigos, todos os filhos, é abandonado por sua esposa que lhe incentiva que pare de adorar a Deus e como se não fosse bastante seria ainda tomado por doenças terríveis.
Em meio ao caos que tomou conta de sua vida, chama a atenção para a primeira atitude de Jó que foi dizer: “vim nu e partirei nu. O Senhor deu, o Senhor levou, louvado seja seu nome!” – Jó 1:21
Imagine meu amigo, perder em pouquíssimo tempo seus bens, toda a construção de uma vida, o que já seria algo muito impactante, mas perder ainda todos seus filhos, seria uma dor imensurável, e ainda assim Jó, neste primeiro momento, se manteve fiel a Deus!
Haviam 3 amigos de Jó que queriam prestar solidariedade, cada um vindo de uma região. Quando viram Jó, mal podiam reconhecê-lo e choraram alto. Por 7 dias ficaram ao lado de Jó sem conseguirem dizer nada pois percebiam que nada que dissessem faria melhorar naquele momento.
Dias se passaram até que Jó começa a lamentar por ter nascido… Suas dores físicas e emocionais eram muito grandes.
Jó em boa parte do livro debate com estes 3 amigos sobre as coisas que estão lhe acontecendo, mas principalmente: qual seria o princípio da justiça divina? Afinal, Jó não teria motivos para estar sofrendo tendo sido um homem bom, justo e fiel a Deus.
A hipótese mais provável desse debate com os 3 amigos parte da premissa que Jó era um exemplo de cristão. Ele praticava o literal “andar de acordo como Ele andou.”
Pensaram o seguinte:
Bem, se tal premissa era certa, se Jó era de fato um exemplo de cristão (e era), ele e seus amigos nunca chegariam a uma conclusão do porquê de uma hora para a outra ele perder tudo!
Jó sabia que era inocente e que seu sofrimento não estava ou não devia estar ligado a justiça divina.
Essa verdade em Jó despertou uma linha de raciocínio perigosa… Jó começou a questionar o modo de Deus administrar o mundo ou no pior dos casos, que seu próprio Deus seria injusto.
Havia ainda uma outra tese. Considerando que Deus é sim justo e que administra o mundo nos moldes da justiça. Jó então provavelmente teria feito algo muito errado.
Jó estava ficando cansado dos debates com seus amigos pois ele sabia da sua verdade e então, sozinho inicia um conflito de ideias sobre Deus.
Imaginem meus amigos, se coloquem na pele de um homem que não fazia nada de errado, tinha uma vida boa, calma, próspera, agia conforme os princípios de Deus e de repente uma queda atrás da outra. Como ficaria sua mente?
Ressalto que as quedas implicaram em perder toda sua família além das dores físicas com as diversas doenças que lhe atingiram.
Jó pensava:
No momento em que Jó teve este último pensamento, imediatamente se arrependeu pois no fundo ele tinha a esperança que Deus nunca o abandonaria. Deus é sim justo! Corrigiu-se no pensamento.
A essa altura ele estava sozinho, sem nada, sem ninguém, com doenças e confuso sobre o último pilar que lhe restara, o espiritual.
Eis que aparece um outro amigo e tem uma nova tese sobre tudo. Primeiramente parte do princípio que Deus é justo e que administra o mundo com a balança da justiça, mas ele não acha que Jó é pecador como os 3 amigos anteriores cogitaram.
Ele entende que tudo que está acontecendo com Jó pode ser um alerta sobre eventuais pecados no futuro e/ou que tenha que ter sido assim para moldar ou reforçar os valores pessoais!
Esse amigo ainda adverte Jó sobre ter colocado dúvida sobre a justiça de Deus. Nunca mais ouse pensar que Deus é injusto!
Sim, de acordo com o livro de Jó, Deus e Jó estiveram juntos para uma conversa.
Inicialmente Deus fala sobre a hipótese levantada de não ser justo e/ou não conseguir ou querer administrar o mundo sobre os princípios da justiça.
Para isso Ele relembra parte de suas criações, desde a Terra, passando por situações climáticas e geográficas até o homem e a mulher e o comportamento de cada animal, as infinitas coisas que estão sob a administração de Deus.
Quantas vezes nós nos deparamos com cada beleza da criação de Deus não é meus amigos? De um “simples” pôr do Sol até a perfeição do nascimento de um bebê.
Voltando ao Livro de Jó, Deus então mostra que Jó estava errado em acusá-lo de omisso com sua dor, pelo contrário, como sabemos desde o início do livro, é dito que Deus permitiu que Jó passasse por essas provações, pois acreditava na sua fé e devoção.
Jó percebe que sua perspectiva era única, limitada e mínima sobre tudo que lhe acontecia. O mundo é literalmente um mundo, imenso, com milhares de pessoas, cheio de belezas e imperfeições e cada qual com sua desorganização admirável, como belos animais e ao mesmo tempo perigosos.
Vale lembrar que no início do Livro de Jó, Deus disse a Satanás, não tire sua vida! Jó apesar de tanta dor física e emocional, não morreria.
E ainda que perdure o questionamento sobre porque existem guerras, sofrimento, doenças no mundo. A resposta de Deus é que o mundo ao mesmo tempo que é maravilhoso como criação, não tem um escudo de força que evite o sofrimento. Além disso, há também o princípio do livre arbítrio. O homem em muitos momentos é o causador de seu próprio sofrimento.
Lembre-se: “O homem pode fazer tudo, mas nem tudo agrada a Deus.”
Diante de todos os argumentos apresentados por Deus, Jó compreende, se arrepende de ter duvidado de Deus e pede sinceras desculpas.
Deus entende que Jó fez o certo em:
O livro de Jó termina com Deus lhe concedendo a restauração de tudo. Teve muito mais posse, teve mais 10 filhos, as mais belas filhas da região e viveu com fartura por mais 140 anos até a quarta geração de sua família.
Podemos concluir o maravilhoso livro de Jó reforçando a ideia que, quando algo de ruim estiver lhe acontecendo, ao invés de buscar o motivo e provavelmente reduzir Deus num pensamento equivocado, devemos confiar que Deus é justo, orar, ter fé e aguardar, pois no momento certo todo mal passará.
Imagino que muitos que estão lendo esse texto podem estar numa situação tão difícil quanto Jó. Quantos “Jós” estão por aí no mundo neste exato momento, não é mesmo?
Mas lembre-se: as glórias de Deus são infinitamente melhores que as maiores riquezas do mundo. E tudo que fazemos, fazemos pela vida eterna ao lado do Senhor.
Por mais difícil que esteja sua vida, continue fiel a Deus, tenha fé e não blasfeme. Em tudo dai graças. Deus te abençoe!
Apesar da boa vontade, nem tudo que os amigos de Jó disseram em suas teses agradaram a Deus, mas a oração de um justo (Jó), intercedeu e abençoou cada um deles! Perceba a força de uma oração e principalmente de quem está orando. Orem com humildade, temor a Deus e respeito. Busquem esse contato com o Senhor e orem por todos!
Recomende essa leitura a alguém que esteja com dificuldades como Jó esteve e precisa de um apoio baseado na Bíblia Sagrada.
“Deus está aqui, tão certo quanto o ar que respiro!”
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