Guia da Bíblia – Como ler a Bíblia Sagrada

Olá meu irmão, minha irmã em Cristo! Já se pegou questionando como ler a Bíblia ou se a maneira como faz a leitura é a mais correta? Ou ainda ficou com dúvidas sobre a cronologia dos fatos? Então este artigo é para você.

Neste artigo vamos falar da Bíblia de uma forma diferente. Ao invés de cobrirmos um tema específico, vamos tentar ajudar você a ter uma experiência melhor com sua leitura, considere como um Guia da Bíblia.

Nossa intenção é apresentar uma forma de como você pode ler a Bíblia e entender mais sobre as Escrituras Sagradas. Preciso deixar claro que o nosso Guia da Bíblia não tem a pretensão de ser uma versão final ou a mais correta, essa é apenas nossa interpretação atual que pode, claro, vir a ser atualizada no futuro e sempre com o objetivo de facilitar sua leitura e seu entendimento.

Por ser um texto mais extenso vou colocar um índice. Assim você poderá voltar mais vezes e se localizar melhor. 

Vamos lá!

Índice

  • Quem escreveu a Bíblia Sagrada?
  • Por que existem Bíblias diferentes? E quais são essas diferenças?
  • Como ler a Bíblia? Por versículo, capítulo ou livro?
  • Por que existem o Antigo e o Novo Testamento?
  • Quantos anos passam na leitura da Bíblia Sagrada?
  • Cronologia Bíblica
  • Como utilizar a Bíblia para uma leitura rápida e direcionada?
  • Sugestão de ordem de leitura para a Bíblia.

Quem escreveu a Bíblia Sagrada?

Essa é uma pergunta bastante comum. Afinal de contas, se a Bíblia é a Palavra de Deus, significa que Ele mesmo a escreveu, certo?

E a resposta é sim e não. Mas calma lá, antes que você fique confuso, eu vou te explicar melhor!

Para nós Cristãos, a Bíblia é sagrada de forma literal e, por isso, acreditamos em todos os seus ensinamentos. É o nosso guia de como devemos proceder em todas as áreas da nossa vida.

Portanto, nós cremos que a Bíblia foi totalmente inspirada por Deus. Isso pode ser verificado no livro de Timóteo 3:16, “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.

Entretanto, não foi Deus ou Jesus Cristo quem a escreveu. O Senhor tem muitas formas de trabalhar a Sua vontade na terra. No caso da Bíblia, Ele achou melhor utilizar pessoas que realmente O amavam e O adoravam e que também serviriam de exemplo para as gerações vindouras.

Um bom exemplo é Paulo. Ele era um apóstolo letrado, ou seja, sabia ler, escrever, e pelo cargo que ocupava antes de servir a Deus, era conhecedor das leis do Império Romano.

Foi ele quem escreveu 13 livros do Novo Testamento.

Ou seja, Paulo, por inspiração divina, escreveu todas esses livros. E é por isso que podemos afirmar que embora Deus seja o grande autor da Bíblia Sagrada, ele não a escreveu diretamente com suas próprias mãos.

Então cada livro foi escrito por alguém diferente?

Exatamente. Cada livro da Bíblia é atribuído a autores ou autor diferente. Eventualmente, como vimos acima com o apóstolo Paulo, um mesmo autor pode escrever mais de uma obra.

A título de curiosidade, vou listar os livros da Bíblia por seus respectivos autores. Estou utilizando como base a teoria tradicional. Existe uma outra de acordo com escolas mais modernas acerca do assunto que apontam algumas variações.

A primeira tabela contém os 46 livros da Bíblia Católica e também todos os livros encontrados nas Bíblias Evangélicas. Idem para a segunda tabela, que contém os 27 livros do Novo Testamento.

Antigo Testamento

Autor Livro
Moisés Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio
Josué, com porções escritas por Finéias ou Eleazar. Josué
Samuel Juízes, I Samuel, II Samuel e Rute
Gade e Natã I Samuel e II Samuel
Jeremias I Reis e II Reis
Esdras I Crônicas, II Crônicas e Esdras
Neemias, usando alguns materiais de Esdras. Neemias
Eliaquim Judite
A Grande Assembleia, usando material de Mordecai. Ester
II Macabeus Baseado nos escritos de Jasão de Cirene
Possivelmente Jó, Moisés, Salomão, ou Eliú.
David, Asafe, Os filhos de Corá, Moisés, Hemã, Etã e Salomão Salmos
Salomão, Agur, Lemuel e outros homens sábios. Provérbios
Salomão Eclesiastes, Cantares e Sabedoria
Isaías Isaías
Jeremias Jeremias e Lamentações
Ezequiel Ezequiel
Daniel Daniel
Oseias Oseias
Joel Joel
Amós Amós
Obadias Obadias
Jonas Jonas
Miquéias Miquéias
Naum Naum
Hebacuque Hebacuque
Sofonias Sofonias
Ageu Ageu
Zacarias Zacarias
Malaquias ou Esdras Malaquias
Escritores de cada um dos livros da Bíblia Sagrada, de acordo com a Teoria Tradicional.

Novo Testamento

Autor Livro
Mateus Mateus
Marcos Marcos
Lucas Lucas
João João
Lucas Atos dos Apóstolos
Paulo de Tarso Romanos, I Corintios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I Timóteo, II Timóteo, Tito e Filemon
Paulo de Tarso ou Lucas, Clemente de Roma ou Barnabé Hebreus
Tiago, o Justo Tiago, o Justo
Pedro I Pedro e II Pedro
João I João, II João e III João
Judas, o apóstolo, ou Judas, irmão de Jesus Epístola de Judas
João, o Apóstolo Apocalipse
Escritores de cada um dos livros da Bíblia Sagrada, de acordo com a Teoria Tradicional.

Por que existem Bíblias diferentes? E quais são essas diferenças?

Agora que você sabe quem foi que escreveu cada um dos livros da Bíblia, então podemos partir para o próximo tópico da nossa discussão. E essa é uma pergunta bastante comum. Eu mesmo a fiz quando era mais novo e já ouvi diversas vezes.

Por que existem Bíblias diferentes? E quais são essas diferenças? Afinal de contas, a Palavra de Deus não deveria ser apenas uma para todos aqueles que acreditam Nele e em Jesus Cristo?

Por que existem Bíblias diferentes?

Basicamente existem dois “tipos” de Bíblia no Brasil. A católica e a evangélica. A seleção dos livros que compõe a Bíblia Católica segue a tradução (cânon) grega do Antigo Testamento, a Septuaginta ou Versão dos Setenta (chamada assim porque a tradução dos livros hebraicos para o grego, feita entre o século III a.C. e o século I a.C., é atribuída a um grupo de 72 rabinos).

Já a seleção dos livros que compõe a Bíblia Evangélica vem do cânon da bíblia hebraica e por isso já temos uma das respostas do por que a bíblia evangélica é diferente da católica.

Como alguns livros do Antigo Testamento foram escritos originalmente em grego ou não se conhece o texto anterior à tradução grega, estes livros simplesmente não aparecem na bíblia hebraica e, consequentemente, nas bíblias evangélicas.

Já os livros ausentes são os seguintes: Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico, I Macabeus e II Macabeus, além de alguns fragmentos dos livros de Ester e de Daniel.

Entretanto, isso não explica o porque a Igreja se separou no passado. Existem outras diferenças em termos de bíblia quando pensamos no livro em si, mas vou abordá-las daqui a pouco.

Um pouquinho de história – A divisão da Igreja

Para te ajudar a como ler a Bíblia Sagrada eventualmente terei que recorrer a história. Vai ser interessante e agregador, prometo!

Em 1517, na Alemanha, Martinho Lutero, ex-monge da Igreja Católica, lançou um documento com 95 teses que ele acreditavam ser inoportunas para a Igreja de seu tempo.

Sua ideia era reformar a Igreja. Isso não aconteceu, mas esse documento serviu como combustível para o nascimento da Igreja Protestante e foi o ponto de partida da ruptura entre quem se confessava ser católico ou evangélico luterano.

Como resultado dos acontecimentos anteriores, em 1529, os luteranos apresentaram um documento oficial intitulado Protestatio, manifestando sua oposição a maneira como a Igreja conduzia sua política religiosa.

Isso é conhecido como a Reforma Protestante.

Inclusive, o termo “Protestante” vem deste documento, pois é a tradução do título – que estava em latim – que os luteranos deram para ele.

Por fim, o nome “Evangélico” vem do fiel que se submete aos ensinamentos contidos nas “boas novas” (traduz-se evangelium em latim) trazidos por Jesus Cristo.

Isso trouxe como uma das diferenças a forma como se encarava as Escrituras Sagradas. Os protestantes se declaravam seguidores do Evangelho e um de seus princípios era o da Sola Scriptura, que significava “Só a Escritura” em latim. Isso significava que apenas a Bíblia continha toda a revelação sobre as coisas de Deus e que, portanto, não cabia à Igreja criar outras doutrinas fora dela.

O que os protestantes queriam, na realidade, era extinguir o monopólio da Igreja sobre a interpretação da Bíblia, e assim, permitir que qualquer pessoa pudesse ler e interpretar as Escrituras como achasse melhor.

A ideia de um líder, no caso o Papa, era completamente rejeitada por eles. Como resultado, diversos grupos se formaram e se fragmentaram devido as suas diferenças, muitas vezes pequenas, doutrinárias. Daí começaram a surgir os diversos ramos do cristianismo que conhecemos hoje.

Quais são as diferenças entre as bíblias?

Basicamente, são 4 as diferenças que vamos encontrar em cada edição.

A primeira eu já abordei, que é a classificação entre “bíblia católica” e “bíblia evangélica”.

A segunda, está ligada com a tradução. Dependendo da equipe e de qual versão – por exemplo, grega ou hebraica – a tradução será baseada, teremos resultados diferentes. Além disso, outras variáveis que podem trazer diferenças são:

  • A intenção do texto é ser o mais acessível possível ou ter uma linguagem mais requintada?
  • O texto será o mais fiel possível à sua versão original ou serão permitidas adaptações, contextualizações e interpretações?

Tudo isso, além de outras escolhas, vão culminar em bíblias diferentes, seja de maneira mais sutil ou significativa.

A terceira, são os elementos complementares que aquela edição apresenta como introduções aos livros bíblicos, notas de rodapé, anexos, mapas, linhas do tempo, figuras, quadros explicativos, dicionários, etc.

Tudo isso faz com uma determinada edição da Bíblia seja mais adequada para uma leitura simples e contínua, ao estudo mais aprofundado, à catequese, à oração ou outros fins.

Ainda sobre as notas de rodapé, existem versões que explicam um pouco da cultura da época e também as diferenças entre manuscritos para que o leitor tenha uma maior compreensão contextual de um determinado versículo, já outras utilizam os comentários de rodapé para falar sobre a aplicação daquele texto à vida pessoal do leitor.

Por fim, a quarta e última diferença está relacionada com as diferenças visuais de cada edição. Os elementos de design, tipo de papel, tamanho da letra, tipografia, cores, tipo de encadernação, entre outras, são características que podem ou não fazer diferença para você.

Principalmente porque alguém pode precisar comprar uma bíblia com letras maiores, por exemplo. Ou simplesmente é mais exigente sobre a aparência da bíblia que vai comprar.

Então existe uma versão melhor para ler?

Bom, a resposta aqui é um sonoro “não!” Não existe a melhor ou pior edição da bíblia. Tudo depende do que você pretende com ela.

Então, antes de comprar uma, verifique qual é a sua intenção (leituras diárias ou estudos aprofundados, por exemplo), se pretende apenas usá-las durante os cultos ou missas, se ela tem que ser portátil, etc.

Vale também conversar com outras pessoas sobre o assunto e também pesquisar na internet. Tudo isso vai te ajudar a escolher a melhor edição da bíblia para que você possa aprender mais sobre a Palavra de Deus.

E caso ainda exista alguma dúvida, mesmo que as bíblias possam apresentar diferenças significativas entre uma versão e outra, a mensagem que elas estão passando é exatamente (ou praticamente) a mesma. Então não se preocupe em comprar uma Bíblia que “não me trará toda a verdade”.

Como ler a Bíblia? Por versículo, capítulo ou livro?

A leitura da bíblia depende do que você quer dela. Se a sua intenção for fazer a leitura completa, melhor ler na ordem em que os livros se apresentam.

Se você quer aprender sobre algum personagem em específico, você pode simplesmente pular para aquele livro ou capítulo e começar dali em diante.

Tem gente que quer tirar aprendizados aleatórios, ou seja, simplesmente abrir a bíblia e ler a primeira coisa que seus olhos captarem, seja um versículo ou o início de um novo capítulo.

Se estiver aprofundando seus conhecimentos, você pode estar munido de um plano de estudos feito com as pessoas responsáveis por isso na sua igreja. Ou você mesmo pode ter preparado um.

Neste caso, você pode querer fazer leituras de vários versículos de capítulos e livros diferentes, mas que estão de alguma forma interligados. Várias pessoas que ministram uma atividade religiosa se utilizam desse recurso para garantirem que seus sermões estejam seguindo uma linha de raciocínio que faça sentido com o tema daquele dia.

Ou seja, não tem uma forma correta de ler a Bíblia. Entretanto não se preocupe se isso tudo te fez se sentir mais perdido do que antes. Ainda neste artigo vou compartilhar com vocês uma sugestão de leitura para a Bíblia que eu particularmente acho bem interessante, então não se preocupe.

Por que existem o Antigo e o Novo Testamento?

O Antigo Testamento (AT) e o Novo Testamento (NT) formam um arco entre si de maneira direta, ou seja, é impossível compreender completamente o NT sem ler o AT.

Da mesma forma, se apenas lermos o AT, vamos perceber que uma parcela significativa e extremamente importante da história entre Deus e o homem fica de fora; a vinda de Jesus.

Portanto, o AT mostra, principalmente, a aliança entre Deus e o povo de Israel (os judeus). Além disso, também nos traz uma promessa ainda maior e abrangente para a salvação da humanidade, na promessa da vinda de um Messias futuro.

O NT, por sua vez, é o cumprimento dessa promessa e também o nascimento da Graça de Deus através de Jesus Cristo como nosso intercessor, da forma que conhecemos hoje.

Com isso, cumpre-se a Lei e nasce a Graça. E é por isso que existe o Antigo Testamento e o Novo Testamento. O Deus é o mesmo, mas a forma de salvação para as pessoas mudou.

Certo, mas porque mudou a forma de salvação entre o Antigo e o Novo Testamento? O que mudou?

Desde a antiguidade, o homem precisa de uma fé viva em seu coração para alcançar Deus. Sem isso, não existe forma de agradar ao Senhor. Isso nunca mudou e nunca vai mudar, certo?

Porém, no AT, como Jesus ainda não havia chegado, o que governava as pessoas era a Lei. Você provavelmente já ouviu falar nos 10 mandamentos, pois então, eles foram escritos literalmente por Deus, que através de Moisés, os apresentou ao povo de Israel.

Além dos 10 mandamentos, existiam todo um conjunto de leis que deveriam ser seguidas por todos aqueles que serviam a Deus. Elas incluíam rituais para purificação, perdão dos pecados e também falavam sobre vários aspectos da vida em comunidade, como casamento, educação, respeito entre as pessoas, etc.

Abrangiam até mesmo, a dedo, de forma bem específica, a questão do sacerdócio e organização de como deveria ser uma celebração à Deus.

Outro ponto importante era para quem era designada a salvação. No AT, Deus escolheu o povo judeu para ser seu. Toda a história se passa dentro desse contexto.

Entretanto, a mesma Lei que salvava, também condenava. Uma vez que existia a Lei, também existia a sua transgressão. E todo aquele que a transgredisse, seria, portanto, condenado. Essa condenação, dependendo da seriedade, era a morte ou expulsão do meio do povo de Deus. Daquele que transgrediu e também de toda a sua família.

Com o tempo, a humanidade foi se distanciando cada vez mais de Deus, a ponto de ficar insustentável a salvação pela Lei.

Então, num último ato para não permitir que toda a humanidade fosse condenada, Deus, por Sua grande misericórdia, resolve enviar seu Filho, Jesus Cristo, à terra como um cordeiro que será sacrificado pela humanidade. Começa o Novo Testamento (NT).

A profecia sobre o futuro da obra de Deus na terra

Para avisar ao Seu povo que haveria uma esperança de salvação e que ela seria ainda mais abrangente, nas Escrituras Sagradas do AT, temos o livro de Isaías. Lá ele fala diversas vezes, de maneira profética, sobre a vinda de um messias, Jesus Cristo, filho de Deus e o que aquilo significaria. Veja abaixo:

3. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. 4. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5. Mas ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. 7. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. 10. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos. 11. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Isaías, cap. 53

O cumprimento da profecia

Com a chegada de Jesus Cristo e seu desenvolvimento até o tempo determinado por Deus, foram-se cumprindo todas as coisas ditas acerca de Jesus na terra.

Em várias passagens do NT, aparecem referências ao AT no que se refere a Cristo para testificar sua missão entre os homens e o cumprimento do que Deus havia prometido no passado.

Após a morte de Cristo na cruz e sua ressureição, toda a humanidade, independente de sua origem ou crença passa a ter o direito a salvação espiritual que Jesus promete em seu tempo na terra.

Ele também se torna, de maneira definitiva, nosso único intercessor para chegarmos a Deus. Pela liberdade da oração e por Sua intercessão, todo o cristão que quer verdadeiramente, pode “falar” diretamente com Deus, sem necessitar de um sacerdote ou alguma autoridade da Igreja para tal.

Tudo isso é como conhecemos hoje o Amor de Deus. E é por este ato que você, caro leitor, tem o direito a salvação da sua alma. Do contrário, todos já estaríamos condenados e perdidos.

Viu como ler a Bíblia considerando todos estes contextos torna a leitura mais interessante? Vamos em frente então que temos muito mais.

Quantos anos compreendem os fatos narrados na Bíblia Sagrada?

A Bíblia, como já sabemos, é uma coleção de livros muito complexos e com muitas origens diferentes. Inclusive, como curiosidade, o significado da palavra Bíblia é “livros”, já que é de origem grega. Bastante conveniente, não?

Como as Sagradas Escrituras foram sendo escritas conforme a história da humanidade se desenrolava, ela contém praticamente todos os estilos de escrita que o ser humano já foi capaz de inventar (poesia lírica, narrativa histórica, literatura apocalíptica, etc).

Por conta disso, precisamos ter muito cuidado com a questão temporal. Já passamos por diversas formas diferentes de marcar o tempo, normalmente de acordo com as nossas necessidades e tecnologia de cada época. Adicionalmente ainda existe a questão cultural. Vários povos diferentes contribuíram com a produção da Bíblia, e claro, todos unidos pelo mesmo Deus e mesma Fé religiosa.

Isso tudo faz com que calcular o tempo que se passa na Bíblia seja uma tarefa muito difícil.

Os estudiosos tem uma noção de tempo aproximado a partir do momento que os patriarcas aparecem na terra e vai até a época em que os apóstolos viveram e morreram.

Eventos como a criação, o aparecimento de Adão e Eva, Noé e a torre de Babel não possuem um consenso.

A informação que temos é que a Bíblia compreende dos anos 2.200 antes de Cristo até 117 depois de Cristo. Isso dá mais de 2.300 anos. Ou seja, esse seria o tempo provável que se passou durante o AT e o NT.

Cronologia Bíblica

Pra deixar mais claro a questão cronológica, pois não basta saber como ler a Bíblia, é preciso também entender o contexto, vou compartilhar com vocês as informações contidas na Bíblia de Estudo Almeida, Ed. Revista e Atualizada pela Sociedade Bíblica do Brasil, 2013, à partir da página 1.809.

1. Cronologia do Antigo Testamento

Os eventos que acontecem nos primeiros 11 capítulos de Gênesis não podem ser calculados. Os períodos dos patriarcas, do êxodo e da conquista de Canaã aparecem com duas datas possíveis, que constituem as posições mais representativas dos estudos do Antigo Testamento, e mesmo estas são datas aproximadas.

Só a partir da época dos “Reis” é que se pisa em terreno firme em matéria de cronologia, sendo mínimas as discordâncias entre eruditos bíblicos.

Abaixo, a.C. e d.C. significam, respectivamente, antes de Cristo e depois de Cristo. E onde tiver uma interrogação (?) é porque não se tem conhecimento.

Observe com atenção os tópicos para te ajudar a como ler e interpretar melhor a Bíblia.

1.1. O princípio – Pré História

  • A criação
  • Adão e Eva no jardim do Éden
  • Caim e Abel
  • Noé e o dilúvio
  • A torre de Babel

1.2. Os patriarcas – 2.200 A.C.

  • Nascimento de Abraão – 2.160 ? 1950 a.C. ?
  • Nascimento de Isaque – 2.060 ? 1.850 a.C. ?
  • Nascimento de Jacó e Esaú – 2.000 ? 1.790 a.C. ?
  • O nascimento de José – 1.909 ? 1.699 a.C. ?

1.3. Israel no Egito e o êxodo – 1.900 A.C.

  • Migração dos filhos de Jacó com suas famílias para o Egito – 1.870 ? 1.650 a.C. ?
  • Os israelitas são escravizados no Egito – 1.730 ? 1580 a.C. ?
  • Nascimento de Moisés – 1.520 ? 1.330 a.C. ?
  • Saída dos Israelitas do Egito e início da sua peregrinação no deserto – 1.440 ? 1.280 a.C. ?

1.4. A conquista de Canaã e o período dos juízes – 1.400 A.C.

  • Início da conquista da terra de Canaã sob o comando de Josué – 1.400 ? 1.230 a.C. ?
  • Início do período dos juízes – 1.370 ? 1.200 a.C. ?

1.5. O Reino unido – 1.100 A.C.

  • O reinado de Saul – 1.50 a 1.010 a.C.
  • O reinado de Davi – 1.010 a 970 a.C.
  • E o reinado de Salomão – 970 a 931 a.C.

1.6. O Reino dividido – 950 A.C. a 750 A.C.

Judá (Reino do Sul)

Profetas: Joel ?, Isaías, Miquéias e Joel ?

  • Roboão – 931 a 913 a.C.
  • Abias – 913 a 911 a.C.
  • Asa – 911 a 870 a.C.
  • Josafá – 870 a 848 a.c.
  • Jeorão – 848 a 841 a.C.
  • Acazias – 841 a.C.
  • Atalia – 841 a 835 a.C.
  • Joás – 835 a 796 a.C.
  • Amazias – 796 a 781 a.C.
  • Uzias – 781 a 740 a.C.
  • Jotão – 740 a 736 a.C.
  • Acaz – 736 a 716 a.C.
  • Ezequias – 716 a 687 a.C.
Israel (Reino do Norte)

Profetas: Elias, Eliseu, Jonas, Amós e Oseias.

  • Jeroboão I – 931 a 910 a.C.
  • Nadabe – 910 a 909 a.C.
  • Baasa – 909 a 886 a.C.
  • Elá – 886 a 855 a.C.
  • Zinri – 885 a.C.
  • Onri – 885 a 874 a.C.
  • Acabe – 874 a 853 a.C.
  • Acazias – 853 a 852 a.C.
  • Jorão – 852 a 841 a.C.
  • Jéu – 841 a 814 a.C.
  • Jeoacaz – 814 a 798 a.C.
  • Jeoás – 798 a 783 a.C.
  • Jeroboão II – 783 a 743 a.C.
  • Zacarias – 743 a.C.
  • Salum – 743 a.C.
  • Menaém – 743 a 738 a.C.
  • Pecaías – 738 a 737 a.C.
  • Peca – 737 a 732 a.C.
  • Oseias – 732 a 723 a.C.
  • Queda de Samaria – 722 a.C.

1.7. Últimos anos do Reino de Judá – de 700 A.C a 586 A.C.

Profetas: Obadias ?, Jeremias, Naum, Sofonias, Daniel, Ezequiel e Habacuque ?.

Reis
  • Manassés – 687 a 642 a.C.
  • Amom – 642 a 640 a.C.
  • Josias – 640 a 609 a.C.
  • Joacaz – 609 a.C.
  • Jeoaquim – 609 a 597 a.C.
  • Joaquim – 598 a.C.
  • Zedequias – 598 a 587 a.C.
  • Queda de Jerusalém – julho de 587 ou 586 a.C.

1.8. O cativeiro e a restauração – de 550 a 443 A.C.

Profetas: Ageu, Zacarias, Obadias ?, Malaquias e Joel ?.

Eventos
  • Habitantes de Judá levados para a Babilônia – 587 a 586 a.C.
  • Início do domínio persa – 539 a.C.
  • Ciro, Imperador da Pérsia, ordena a volta dos judeus – 538 a.C.
  • Início da reconstrução do Templo – 520 a.C.
  • Reconstrução das muralhas de Jerusalém – 445 a 443 a.C.

2. Cronologia do período intertestamentário – de 400 a 200 A.C.

  • Alexandre, o Grande, governa a Palestina: domínio macedônico – 333 a 323 a.C.
  • Domínio dos ptolomeus sobre a Palestina – 323 a 198 a.C.
  • Domínio dos selêucidas sobre a Palestina – 198 a 166 a.C.
  • Revolução de Judas Macabeus e domínio da família de Judas e seus descendentes, os asmoneus, sobre a Palestina – 166 a 63a.C.
  • Conquista de Jerusalém por Pompeu, general romano, anexando a Palestina ao Império Romano – 30 a.C.
  • Reinado de Herodes, o Grande, sobre a Palestina, por nomeação de Roma – 37 a 4 a.C.

3. Cronologia do Novo Testamento

As referências cronológicas no Novo Testamento podem ser dadas apenas como aproximadas, tanto para as referências à vida de Jesus, como para o período dos apóstolos.

A respeito do nascimento de Jesus, por exemplo, só se pode afirmar, com base em Mateus 2:1 (ver também Lucas 1:5), que ele ocorreu durante o reinado de Herodes, o Grande, que morreu em 4 a.C., enquanto que a respeito de sua crucificação pode-se afirmar que ela ocorreu durante uma celebração de Páscoa no governo de Pôncio Pilatos (26 – 30 d.C.)

Quanto ao período dos apóstolos, pode-se precisar com alguma certeza o ano da morte de Herodes Agripa I como sendo 44 d.C. (Atos 12:20-23), enquanto que as demais datas são aproximadas.

3.1. A vida de Jesus – 29 A.C até 37 D.C

Imperadores romanos
  • Augusto – 29 a.C a 14 d.C.
  • Tibério – 14 a 37 d.C.
Governadores e reis da Judeia
  • Herodes, o Grande – 37 a 4 a.C.
  • Arquelau – 4a.C a 6d.C.
  • Pôncio Pilatos – 26 a 36 d.C.
Acontecimentos no NT
  • Nascimento de Jesus – 6 a.C.
  • Batismo de Jesus – 26 d.C.
  • Primeira Páscoa no ministério de Jesus – 28 d.C.
  • Morte e ressureição de Jesus – 30 d.C.

3.2. O período dos apóstolos – 37 D.C até 117 D.C

  • Calígua (Gaio) – 37 d.C. a 41 d.C.
  • Dia de Pentecostes – 30 d.C.
  • Conversão de Paulo – 37 d.C.
  • Cláudio – 41 a 54 d.C.
  • Herodes Agripa I – 41 a 44 d.C.
  • Início do ministério de Paulo – 41 d.C.
  • Morte de Tiago, filho de Zebedeu – 44 d.C.
  • Fome no tempo de Cláudio – 46 d.C.
  • Primeira viagem missionária de Paulo – 48 a 49 d.C.
  • Edito de Cláudio – 49 ou 50 d.C.
  • Sérgio Paulo, procônsul – 50 d.C.
  • Conferência de Jerusalém – 50 D.C.
  • Segunda viagem missionária de Paulo – 50 a 53 d.C.
  • Paulo em Corinto – 50 a 52 d.C.
  • Félix – 52 a 60 d.C.
  • Terceira viagem missionária de Paulo – 54 a 58 d.C.
  • Paulo em Éfeso – 54 a 57
  • Nero – 54 a 68 d.C.
  • Paulo Preso em Jerusalém – 58 d.C.
  • Paulo na prisão em Cesareia – 58 a 60 d.C.
  • Pórcio Festo – 60 a 62 d.C.
  • Paulo na prisão em Roma – 61 a 63 d.C.
  • Libertação e atividades de Paulo – 63 a 65 d.C.
  • Morte de Pedro em Roma – 65 d.C. ?
  • Segunda prisão de Paulo em Roma – 66 d.C.
  • Morte de Paulo em Roma – 67 d.C.
  • Galba – 68 a 69 d.C.
  • Oto – 69 d.C.
  • Vitélio – 69 d.C.
  • Vespasiano – 69 a 79 d.C.
  • Destruição de Jerusalém e do Tempo – 70 d.C.
  • Tito – 79 a 81 d.C.
  • Domiciano – 81 a 96 d.C.
  • Nerva – 96 a 98 d.C.
  • Trajano – 98 a 117 d.C.
  • Morte de João – 98 ou 100 d.C. ?

Como ler a Bíblia com foco em alguma situação específica?

Quando falamos em como ler a Bíblia de forma rápida e direcionada, queremos algo específico para situações também específicas. Já que a Bíblia é a Palavra de Deus, por que não a utilizarmos para toda e qualquer situação que possamos passar em nossos dias, não é mesmo?

Mas como encontrar ou marcar esses trechos para leitura específica numa situação como, por exemplo, o Natal?

Felizmente tudo isso já existe ao nosso alcance. Dependendo da Bíblia que você tem em casa, é provável que ela contenha tópicos como Leituras para dias especiais, Textos famosos da Bíblia, Orações, Bençãos, etc.

E aqui não vai ser diferente. Preparamos para você uma lista rápida de consulta de acordo com o tema que quer pesquisar.

Cada tema terá uma lista de versículos que abordam o assunto, tenho certeza que vai gostar e vai ajudar muito na sua leitura da Bíblia a partir de agora. Tempo é um recurso cada vez mais escasso, por isso, saber utilizá-lo com sabedoria é fundamental.

Para agregar conhecimento considere também pesquisar mais na internet ou, se preferir, consultar o nossa página com posts de versículos para você usar nas suas redes sociais. Basta clicar aqui para ver nossa galeria.

Bem, agora sim, abaixo nosso resultado de pesquisas previamente realizadas para ler na Bíblia e agilizar sua busca. Aproveite!

Indicações de leituras rápidas e direcionadas

Ano novo Colossenses 3.5-17 Epifania (Dia dos Reis Magos) Mateus 2.1-12 Sexta-feira Santa João 18.1-19.42; Salmo 22; Isaías 52.13-53.12
Páscoa Êxodo 12; Mateus 28; Lucas 24; João 20; Atos 10.34-43; Salmo 23 Dia das Mães 1Samuel 1.1-28; Provérbios 23.22-25; 31.10-31; Lucas 1.26-56. Dia dos Pais Provérbios 4; 20.7; Lucas 15.11-37
Pentecostes Atos 2.1-11 Natal Lucas 2.1-20; Mateus 1.18-25; João 1.1-18; Tito 3.4-7 A criação e o pecado Gênesis – 2.4-3.24
Os dez mandamentos Êxodo 20.1-17 Deuteronômio 5.1-21 O nascimento de Jesus Mateus 1.18-2.15; Lucas 2.1-20 A tentação de Jesus Mateus 4.18-22; Marcos 3.13-19; Lucas 6.12-16
A última ceia de Jesus Mateus – 26.17-35; Marcos 14.12-26 Lucas 22.1-38 Julgamento e crucificação de Jesus Mateus 26.47-27.66; Marcos 14.43-15.47; Lucas 22.47-23.56; João 18-19 A Ressureição de Jesus Mateus 28.1-10; Marcos 16; Lucas 24.1-12; João 20
Como ser um bom amigo Provérbios 17.17; Lucas 10.25-37; João 15.11-17; Romanos16.1-2 Como ser um líder Isaías 11.1-9; 31.1-8; 1Timóteo 3.1-7; 2Timóteo 2.14-26; Tito 1.5-9 Como celebrar um casamento Gênesis 2.18-24; Cântico dos Cânticos 8.6-7; Efésios 5.21-33; Colossenses 2.6-7;
Como controlar seu temperamento Provérbios 14.17-29; 15.18; 19.11; 29.22; Eclesiastes 7.9; Gálatas 5.16-26 Como enfrentar a morte de um ente querido Jó 19.25-27 João 11.25-27; 14.1-7; Romanos 8.31-39; 14.7-9; 1Tessalonicenses 4.13-18 Como descobrir a vontade de Deus Salmo 15; Miqueias 6.6-8; Mateus 5.14-16; Lucas 9.21-27; Romanos 13.8-14; 2Pedro 1.3-9; 1João 4.7-21
Como tomar uma decisão difícil 1Reis 3; Ester 4-7; Salmo 139; Daniel 2.14-23; Colossenses 3.12-17 Diante de uma vida solitária 1Corintios 7.25-38; 12.1-31 Como superar os vícios Salmo 40.1-5,11-17; 116.1-7; Provérbios 23.29-35; 2Coríntios 5.16-21; Efésios 4.22-24
Como instruir crianças Provérbios 22.6; Efésios 6.4; Colossenses 3.21 O respeito aos pais Êxodo 20.12; Provérbios 23.22; Efésios 6.1-3; Colossenses 3.20 Como buscar ajuda de Deus Salmo 5; 57; 86; 119.169-176; 121; 130 Mateus 7.7-12
Onde buscar salvação João 3.1-21; Romanos 1.16-17; 3.21-31; 5.1-11; 10.5-13; Efésios 1.3-14; 2.1-10 Sente medo? Salmo 27; 91; Isaías 41.5-13; Marcos 4.35-41; Hebreus 13.5-6; 1João 4.13-18 Sente medo da morte? Salmo 23; 63.1-8; João 6.35-40; Romanos 8.18-39; 1Coríntios 15.35-57; 2Coríntios 5.1-10; 2Timóteo 1.8-10
Tem dúvidas quanto a sua fé em Deus? Salmo 8; 146; Provérbios 30.5; Mateus 7.7-12; Lucas 17.5-6; João 20.24-31; Romanos 4.13-25; Hebreus 11; 1João 5.13-15 Sente-se frustrado ou enganado? Salmo 55; 62.1-8; Jeremias 20.7-18 Sente-se deprimido? Salmo 16; 43; 130; Isaías 61.1-4; Jeremias 15.10-21; Lamentações 3.55-57; João 3.14-17; Efésios 3.14-21

Como ler a Bíblia em sua “melhor” sequencia?

E para concluirmos, vou compartilhar com vocês duas sugestões de sequencia para ler a Bíblia Sagrada. Uma mais direta com o objetivo de dar rapidamente um entendimento geral e outra sugestão, com utilizando todos os livros da Bíblia Sagrada, mais completo e para quem quer algo mais aprofundado. 

Certamente essas não são as únicas ou as melhores formas para ler a Bíblia. Existem diversas formas para abordar a leitura da Palavra de Deus. Tudo depende do objetivo que queremos alcançar. O mais importante é ler, buscar o conhecimento e estar próximo da Palavra.

Bem, vamos lá!

Ordem de leitura para a Bíblia

Sugestão 1 (mais simplificada):

  1. Mateus;
  2. Atos;
  3. Romanos;
  4. Coríntios (1 e 2);
  5. Gálatas;
  6. Filipenses.

Nessa primeira sugestão de leitura todos os livros são do Novo Testamento. Acreditamos que ler nessa sequência já te dará uma boa base. Obviamente que depois é mais que recomendado que leia os demais livros, tanto do Novo quanto do Velho Testamento.

Atenção: ler a Bíblia vai te exigir muita concentração. É normal sentir uma certa dificuldade na compreensão, principalmente se for o primeiro contato. Apenas não desista, continue lendo com calma e atenção e se estiver muito difícil, pare um pouco, volte a ler outro dia e/ou busque mais conhecimento sobre o assunto. Mas não desista, lembre-se, é a Palavra de Deus.

Sugestão 2 (mais aprofundada):

Primeiramente, vamos separar a nossa leitura em 5 partes:

  1. Cartas e Epístolas;
  2. Evangelhos;
  3. Políticos;
  4. Históricos;
  5. Proféticos.

Essa separação ajudará a ler a Bíblia de forma mais organizada, pois vamos começar pelas cartas e epístolas deixadas pelos apóstolos. Isso vai nos ajudar a ter uma ideia geral sobre o Amor de Jesus Cristo na terra.

Em seguida vamos para os Evangelhos, que combinados com as epístolas, nos permitem dar mais sentido e entender melhor a mensagem que Jesus Cristo queria passar em seus ensinamentos enquanto na terra.

Depois seguimos para os livros políticos, que vão servir para nos mostrar como funcionavam as coisas nos tempos em que a Bíblia foi escrita.

Continuamos com os livros históricos, que trazem uma narrativa acerca de como Deus criou o mundo, o homem, assim como outras informações importantes para a nossa formação cristã, como os 10 mandamentos, a história de Noé, como se deu a peregrinação do povo de Israel através do deserto, etc.

E finalizamos com os livros proféticos. Eles ficam por último em nossa lista porque exigem uma interpretação adicional. Livros proféticos utilizam muitas figuras de linguagem, veja que para ter uma sabedoria de como ler a Bíblia é preciso saber o contexto, como já havia dito antes, e também prudência e certo conhecimento para fazer interpretações de alguns livros.

Lembrando que se não entender de primeira será normal. Nem sempre a interpretação é clara. Ainda existe um outro elemento que é a cultura. Existem passagens que só seremos capazes de compreender completamente se tivermos conhecimento de como era a vida das pessoas naquela época.

1. Cartas e Epístolas

Nesta primeira parte, acredito que você será capaz de compreender quase tudo das cartas e epístolas, já que elas não exigem grande conhecimento adicional, mas não se cobre tanto, sei que estou sendo repetitivo, mas ler a Bíblia é um exercício diário e a cada vez que praticamos a leitura, tudo faz mais sentido. Vamos em frente!

Sequência de leitura sugerida:

1) Romanos | 2) Coríntios I | 3) Coríntios II | 4) Gálatas | 5) Efésios | 6) Filipenses | 7) Colossenses | 8) Tessalonicenses I 9) Tessalonicenses II | 10) Timóteo I | 11) Timóteo II | 12) Tito | 13) Filemon | 14) Hebreus | 15) Tiago | 16) Pedro I | 17) Pedro II 18) João I | 19) João II | 20) João III | 21) Judas.

2. Evangelhos

Nesta segunda parte, você será capaz de compreender a maior parte dos evangelhos, aqui já existem alguns trechos cuja compreensão é um pouco mais difícil.

Foi por este motivo que começamos através das Cartas e Epístolas, pois elas vão ajudá-lo em alguns pontos mais difíceis, especialmente nas parábolas, pois nem todas são óbvias na primeira leitura.

Sequência de leitura sugerida:

1) Mateus | 2) Marcos | 3) João | 4) Lucas

3. Políticos

Nesta terceira parte, você será capaz de compreender também a maior parte dos livros políticos. Atenção apenas às informações sobre os costumes. Lembre-se que são épocas, culturas, e conhecimentos muito diferentes dos dias atuais. Não faça comparações com os tempos atuais, tente se colocar na posição de alguém daquela época.

Quando se fala de política e história, é extremamente importante ter em mente que o contexto, situação financeira, conhecimento e tecnologia da época, entre outras coisas, influenciaram diretamente em como pessoas percebiam a vida e, consequentemente, quem escrevia sobre aquele cotidiano.

Sequência de leitura sugerida:

1)| 2) Salmos | 3) Provérbios | 4) Eclesiastes | 5) Cânticos dos Cânticos.

4. Históricos

Nesta quarta parte, você será capaz de compreender praticamente todos os livros históricos, pois eles apresentam narrativas claras e objetivas, até porque o intuito era de fato contar uma história

Sequência de leitura sugerida:

1) Gênesis | 2) Êxodo | 3) Levíticos | 4) Números | 5) Deuteronômio | 6) Josué | 7) Juízes | 8) Rute | 9) Samuel I | 10) Samuel II 11) Reis I | 12) Reis II | 13) Crônicas I | 14) Crônicas II | 15) Esdras | 16) Neemias | 17) Ester | 18) Atos

5. Proféticos

Nesta última parte acredito que você tenha mais dificuldade para compreender a leitura, pois se trata dos livros proféticos. Estes livros são constituídos de parábolas e revelações de Deus sobre os acontecimentos futuros daqueles povos e/ou épocas. Além disso, tem toda a questão cultural, política e contextual que dificulta a compreensão exata nos dias de hoje.

Percebe que saber como ler a Bíblia facilita muito a experiência com a Palavra de Deus? Muito bom não é mesmo?

Sequência de leitura sugerida:

1) Isaías | 2) Jeremias | 3) Lamentações | 4) Ezequiel | 5) Daniel | 6) Isaías | 7) Joel | 8) Amós | 9) Obadias | 10) Jonas | 11) Miquéias 12) Naum | 13) Habacuque | 14) Sofonias | 15) Ageu | 16) Zacarias | 17) Malaquias | 18) Apocalipse

Finalizando

E assim terminamos a nossa jornada por este guia da Bíblia Sagrada. Espero que você tenha gostado deste artigo e que ele tenha sido útil no sentido de como ler a Bíblia e entender melhor os propósitos de Deus.

Agora me diz nos comentários como você gosta de ler a Bíblia? Já seguiu algum roteiro de estudos ou leitura antes? Diz também se este artigo foi útil para te ajudar na compreensão de alguma passagem. Compartilhe sua experiência conosco!

Um abraço e que Deus te abençoe!

admin

View Comments

  • Gostei muito do conteúdo. achei simples e claro para quem vai começar a pegar na bíblia. Que Deus abençoe sua vocação.
    Mas senti falta do livro de Lucas na leitura dos Evangelhos.
    Marilda
    09/01/2022

    • Oi Marilda! Tem razão, faltou mesmo citar o livro de Lucas nos Evangelhos, acabei de inserir. Obrigada por avisar e comentar!

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