A Paixão de Cristo (Curiosidades sobre o Filme)

Um determinado dia, Mel Gibson, consagrado ator e diretor dos EUA, entra em contato com Jim Caviezel, ator que havia feito um ótimo trabalho em O Conde de Monte Cristo, e questiona seu interesse em participar de seu novo projeto, um filme que contaria as 12 últimas horas de vida de Jesus, A Paixão de Cristo.

Jim Caviezel

Essa ligação foi uma grande surpresa para Jim Caviezel, pois nem seu agente e nem seu empresário sabiam dessa possibilidade. Além disso, Jim e Mel praticamente não tinham contato. Se essa surpresa já não fosse suficiente, ainda ficaria mais interessante o fato de Jim estar na época com seus 33 anos (idade em que Jesus foi crucificado) e também pelas suas iniciais. Se ainda não percebeu, Jim Caviezel, JC de Jesus Cristo. Seria coincidência?

 Na Bíblia nós temos em João 13:7 – Você não compreende agora o que estou lhe fazendo, mais tarde, porém entenderá.

O filme foi gravado em locações abertas na Itália e não dentro de um estúdio. Muitas das feridas apresentadas em Jim são reais. Ao longo da filmagem Jim deslocou seu ombro, caiu com a cruz em cima de sua cabeça, teve dores reais. Uma das chicotadas que lhe atingiu por acidente provocou uma ferida de 35 cm em suas costas. Jim emagreceu quase 15 Kg, ficou doente, teve pneumonia, hipotermia, enxaqueca, tinha dificuldade para respirar e nas cenas finais seu corpo estava num tom azul. A equipe médica chegou a avisar Mel Gibson que era preocupante, que Jim poderia morrer. Em suas últimas gravações Jim ainda seria atingido por um raio.

Jim disse a Mel: “isso que está me acontecendo é entre mim e Deus, vamos em frente, se eu tiver que ir embora, não terá sido em vão. Não há nada melhor para mim do que dar minha vida por Jesus Cristo.” Ele sentia que era necessário passar por tudo aquilo para entregar a melhor performance, como se estivesse tendo a oportunidade de sentir um pouco do que Cristo sofreu e poder transmitir isso. Sabia também que o mal tentava evitar que as gravações prosseguissem. Jim havia percebido que A Paixão de Cristo não era mais um filme em sua carreira, era na verdade, o seu chamado.

Mel Gibson (diretor) e Jim Caviezel (ator) – A Paixão de Cristo

De fato não podemos nos fazer de desentendidos, Jesus Cristo foi açoitado, acorrentado, amarrado, crucificado com pregos… Até a morte. Certamente houve muita dor.

Jim conta que durante as cenas de tortura e até a crucificação ele apenas orava, orava e pensava que não era digno de estar ali representando Cristo, pensava nos seus pecados e o tempo todo ele orava e seguia na fé.

Lembro que na época da exibição do filme houve uma certa polêmica em torno da violência exibida, que poderia até tirar o foco da mensagem. Tiveram países em que o filme foi proibido.

Assisti ao filme duas vezes no cinema e em ambas ocasiões o mesmo ritual melancólico. Lembro de ouvir pessoas chorando, lembro de ver pessoas saindo no meio da sessão por não suportar mais e, ao final do filme, lembro-me das pessoas saindo da sala num silêncio arrebatador.

Jesus morreu por nós, meu irmão, minha irmã. E a verdade é que foi de forma cruel e lenta. Ao “romantizarmos” a via crucis podemos cair no erro de perder a sensibilidade do que Deus fez por nós, ao entregar seu único filho, por nos amar.

Em João 3:16-18 nós temos o motivo da vinda de Jesus – 16 Porque Deus tanto amou o mundo que deu seu único filho para que todo que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Pois Deus enviou seu filho, não para condenar o mundo, mas que o mundo fosse salvo por meio dele. 18 Quem nele crer, não será condenado…

Lembre-se: todo que nele crer, terá a vida eterna.

Barrabás em A Paixão de Cristo

Pietro Sarubbi

Pietro Sarubbi é um ator italiano que não se importava muito com sua religiosidade, não era nenhum exemplo de cristão, aliás muito pelo contrário.

Um dia ao saber que havia sido convidado para um papel num filme dirigido por Mel Gibson, logo imaginou se tratar de um filme de ação. Ao saber que se tratava da vida de Jesus, especificamente dos seus últimos momentos antes da crucificação, torceu para que fosse então um dos discípulos, não exatamente pelo desafio da personagem, mas sim porque provavelmente o cachê seria mais alto, mas também não era isso.

Mel Gibson ofereceu a ele o papel de Barrabás. Um conhecido assassino e louco, que atormentava toda aquela região.

Um papel pequeno, mas de grande significado para Pietro.

Atenção neste detalhe: ao passar mais informações de como imaginava Barrabás, Mel Gibson disse a Pietro que seria como um animal que por muito tempo foi torturado e levado ao limite. E que a escolha do papel se deu por ele pois Pietro era capaz de apenas com seu olhar transmitir a fúria de um animal e ao mesmo tempo, no fundo, a alma de um homem bom.

Barrabás aparece numa única cena. É a clássica passagem da Bíblia em que Poncio Pilatos pede à população que escolha entre libertar Jesus ou Barrabás. De um lado, como já mencionado, um assassino e louco e do outro, aquele que dizia ser o Messias.

Como é sabido, a população optou por libertar Barrabás e naquela cena, ao ser solto, Pietro cruza seu olhar com o de seu colega de cena, Jim (Jesus). Segundo Pietro, ao olhar para Jim, ele sentiu a presença do próprio Cristo. Foi um olhar de ternura apesar de estar muito ferido, um olhar que não tinha raiva ou ressentimento, apenas a misericórdia e amor.

Veja esse momento no vídeo abaixo:

Desde aquele dia Pietro Sarubbi se considera renascido e até lançou um livro “De Barrabás a Jesus, convertido por um olhar”. No livro Pietro conta detalhes de como sua vida mudou depois daquela cena em A Paixão de Cristo, de como sua fé é, hoje, sua guia em todos os setores de sua vida e conclui: “Barrabás é o homem que Jesus salvou da cruz, ele representa na verdade toda a humanidade…”

A Paixão de Cristo na indústria do cinema

O filme é um fenômeno global, uma obra-prima teatral que rendeu acima de um bilhão de dólares. Alcançou o mundo inteiro e ainda é (em 2021) top 1 de filmes restritos a menores de 17 anos de todos os tempos, batendo grandes produções. Um filme que revolucionou a indústria do cinema. A maior bilheteria de um filme de idioma diferente do inglês de todos os tempos.

Mel Gibson já deu entrevistas dizendo que está sendo produzido a continuação de A Paixão de Cristo, a Ressurreição.

Mel Gibson dirigindo Jim Caviezel – A Paixão de Cristo

Particularmente, sempre pensei que deveria sim existir uma segunda parte do filme, até para fechar o ciclo da mensagem. Como disse, na época houve muita polêmica em torno da violência, e eu, na minha humilde opinião, acho que fazia sentido. Por outro lado não gostaria que ficasse essa marca sobre um dos poucos filmes que abarcam o tema religioso.

O filme traz sim cenas fortíssimas, e entendo perfeitamente as pessoas que não conseguiram ver até o final, mas ainda assim creio que seja um filme necessário à todos que acreditam na Bíblia Sagrada.

Que bom que haverá uma continuação! Imagino que a violência não deverá ser mais o cerne da questão, mas como apreciador dos trabalhos de Mel Gibson, não creio que será menos impactante. Afinal, estamos falando da vida e da ressurreição de Jesus Cristo, filho de Deus!

O legado de Jim Caviezel, ator que interpretou Jesus

Para fazer A Paixão de Cristo, Jim aprendeu a falar aramaico, latim e hebraico. Depois do filme ele passou a fazer palestras levando a Palavra de Deus consigo.

Numa de suas palestras ele comenta a questão da violência no filme: “O que é incrível é que todos querem a ressurreição, mas ninguém quer o sofrimento, porém pode-se obter uma medalha de ouro sem sofrimento? Quando um atleta tem a medalha de ouro em seu peito, vendo a bandeira de seu país sendo hasteada, e ele está chorando ele não estaria se lembrando do sacrifício que foi chegar até ali, das suas dores, da sua família, do seu povo? E não terá valido a pena?”

Jim também expõe sua preocupação para que não condenamos apenas o Império Romano, cujos guardas torturaram Jesus, mas que não nos esqueçamos que Jesus foi entregue e negado pelos seus.

Jim Caviezel palestrando

E é necessário fazer essa reflexão para os dias de hoje. Quantas vezes traímos ou negamos a Cristo? Quantas vezes todos nós colocamos Cristo em segundo plano? Nós pecamos e o traímos mesmo sendo cristãos. Mas Jesus continua nos incentivando a nos levantar, tentar, perseverar. É a sua misericórdia e seu amor. É a graça de Deus.

Jim também acredita que todos nós um dia seremos “designados” à fé, como aconteceu com ele no caso do filme. E que quando esse dia chegar você terá a chance de largar tudo por Jesus ou negá-lo.

Ele conta que certa vez um grupo de religiosos foi capturado por um grupo intolerante e para sobreviverem teriam que negar a cruz, negar ao Cristianismo. O primeiro que foi questionado não negou e foi executado ali na frente dos demais. O segundo, um religioso idoso, usando uma cadeira de rodas foi trazido e encharcado com gasolina. Ao ser questionado, também não negou a Cristo. Dessa forma foi queimado vivo. Em seguida, percebendo que não iriam negar a Cristo, todos os outros religiosos foram executados a tiros.

Jim então pergunta: é difícil ver A Paixão de Cristo? – Nesse momento a plateia de centenas de pessoas está num silêncio absoluto.

“Todos nós vamos morrer, diz Jim… A primeira morte. E esperamos que não a segunda, onde enfim teremos a vida eterna… Por isso não devemos negar a Cristo.”

A incrível mensagem de Jim Caviezel a quem ainda não viu A Paixão de Cristo

Aos que ainda não viram A Paixão de Cristo minha resposta será que sei o que Deus quer que eu diga:
Número 1: Eu amo vocês! Isso é o que desejam ouvir não é?
Número 2: Todos vocês irão para o céu!
Como eu sei? Simples.

Deus tem estado em seus corações por muito tempo. E Ele tem estado dormente em alguns de vocês, em outros, muito mais vivo. Mas continuamente Deus está pedindo por mais conversões. Talvez você diga, mas eu já acredito!
Mas será que acredita num nível que pudesse experimentar o céu até mesmo antes de morrer?

Quando você comete pecados ou contribui para ele, será que neste momento você procura por um amigo(a) e se abre com ele(a)?
E faz isso porque no fundo seu amigo(a) te conhece bem e não te julgará?
E você acha que Deus não teria mais misericórdia que seu amigo(a)? Acha que seu amigo(a) te ama mais que o próprio Criador?
Nunca poderia ser… Nunca poderia ser…

Jim Caviezel e a incrível mensagem da Palavra de Deus (Evangelho)

Deus perdoa você. Ele precisa que você recomece. Saiba que Deus nunca manda um homem para o inferno, as pessoas escolhem esse lugar.
É sua decisão.

Deus te fez e te ama! Nunca houve outro como você, você é único. E haviam muitas coisas que poderiam impedir que você viesse ao mundo, mas você veio!
Será que não percebeu o quanto Deus se importa com isso? Acha que Deus fica planejando uma forma de descartá-lo?
Vocês são perfeitos, ainda que imperfeitos. E sem vocês, Ele choraria. E Ele vem até vocês agora, neste momento, esperando um sim.
Certamente alguns de vocês já aceitaram Jesus como seu Salvador. Continuem, pois cada vez que pecamos nós o negamos.

O meu mandamento é esse: ameis uns aos outros, assim como eu vos amei (João 15:12)

Talvez seu nome não apareça no Hall da Fama deste mundo, você talvez seja tão desconhecido que ninguém sequer saiba seu nome. Os prêmios e as canções dos homens talvez nunca venham até você, mas não se esqueça: Deus tem recompensas que ele pode e te concederá um dia! Deus nunca esquece.
Seu nome estará no Hall da Fama do Céu para sempre! Apenas por acreditar em seu Filho! (João 3:18)

Em verdade eu digo que eu prefiro muito mais ser um desconhecido na terra e ter meu nome lá em cima! Posso nunca te conhecer aqui na terra, mas um dia te conhecerei no céu!
Deus o abençoe!

A espera de A Paixão de Cristo – A Ressurreição

Meu irmão, minha irmã em Cristo, termino esse texto com muita alegria no coração.

Lá se vão mais de 12 anos desde que assisti ao filme A Paixão de Cristo no cinema. Esse filme reforçou minha fé em Cristo, me provocou a ler a Bíblia periodicamente e não apenas esperar que alguém me interpretasse um livro ou versículo, me ajudou e me ajuda a seguir em frente com “minhas dificuldades” que em nenhum momento pode ser comparada ao que Jesus passou por todos nós.

Eu realmente só tenho que agradecer a Deus pela vida e pela sua misericórdia infinita.

Enquanto eu puder, pretendo continuar levando a Palavra de Deus através desse site a mais e mais pessoas. E fico aguardando ansioso pela sequencia do filme A Paixão de Cristo – A Ressurreição.

Fiquem em paz!

Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram. Eis que tudo se fez novo. 2 Coríntios 5:17

 

admin

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  • Acabei de assistir o filme no youtube. Fiquei impactada; ainda não consigo fazer uma reflexão menos emocionada.

    • Oii Marisa! Creio que entendemos bem sua percepção...
      Vou te contar um causo aqui do nosso grupo que escreve para o site.
      Para fazer esse artigo nós resolvemos assistir ao filme novamente, alguns pela quarta, quinta vez, e mesmo sabendo o que aconteceria, de acordo com a Bíblia, mesmo lembrando da maioria das cenas, pela visão de Mel Gibson, não houve como não nos emocionarmos novamente. Mas dessa vez foi um pouquinho diferente.

      Certamente muitas cenas machucam como as de violência ou aquelas que mostram o sofrimento das Marias (mãe de Jesus e Madalena). Isso sem contar com os flashbacks ou as cenas com famosas personagens bíblicas, enfim...
      Mas ao refletir sobre mensagem dessa passagem ou seja, o que Deus fez por nós através de seu filho Jesus Cristo e ver que nós, talvez, ainda não sejamos dignos, ou ainda talvez, sequer tenhamos entendido o sacrifício, ressaltou em todos nós outros desconfortos.

      Como disse, acredito que entendemos sua percepção e nos solidarizamos.

      Bem, que Deus tenha piedade de nós e seguimos perseverando na fé e agradecendo a Ele por tudo, não é mesmo?
      Marisa, que Deus na sua infinita bondade te abençoe e muito obrigada por comentar =)

  • Assisti apenas uma vez, logo que foi lançado em DVD. Me emocionei muito, chorei demais e lendo nesse momento tudo o que foi escrito, me emociono novamente. Ao mesmo tempo que sinto a necessidade de rever, tenho aflição de sentir novamente o sofrimento.
    Sinto que fui chamada novamente, há um ano vinha ignorando, mas senti o chamado e voltei para amar Jesus e levar sua palavra aos demais.

    • Mônicaaaaaaa que depoimento incrível! Que Deus te faça uma nova pessoa e te abençoe muito.

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